sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Guarapuava (por um guarapuavano) - (essa é véia já!)


Não és São Paulo
Não és Lisboa
És Guarapuava. Terra boa!

Refletes um passado que não vive mais,
Trazes na face o que ficou pra trás
Na devoção insensata dos teus fiéis
Nos desmandos dos teus coronéis.

Por ser teu filho questiono com franqueza:
Ah, Guarapuava, onde está tua beleza?
Por sermos parecidos é que te detesto,
Pois foi tu que me fez funesto.

Diz, Gurapuava!
Serão tuas madrugadas frias,
(tuas ventanias)
Que trazem a frieza do trato da tua gente
E teu horror a tudo que é diferente?

Por que não deixas o futuro raiar?
Porque mostras os dentes assustadoramente
A qualquer um que te diga: Sorria, ho loba rabugenta!
Teu seio não acolhe, afugenta!

Não te banha o Tejo.
Não te molha a Garoa.
És Guarapuava. Terra boa?

Sei porém que não és má, maldade é o que fazem de ti.
E por assim te odiar talvez eu morra aqui.