segunda-feira, 27 de abril de 2009

Subversão

...e aquele passaria a ser conhecido como o dia da vingança!
Os temíveis proletários dos quais nos advertira Marx uniram-se, venceram e festejavam a destruição de tudo que havia de sagrado.
Deus Todo Poderoso, lá dos céus, pensou em intervir, para restabelecer a ordem das coisas, mas teve medo de por os pés na terra. A criatura, pela primeira vez, criara consciência e se sobrepunha ao criador. Deus resolveu deixar-lhes em paz e foi passear em outros prados (e isso é uma outra história).
Enquanto isso, sem que os proletários, embriagados de champagne e propriedade, percebessem, algo de mais estranho acontecia no mundo: as coisas, espantadas com o novo, perceberam que também tinham direito de reivindicar a subversão.
As raízes das árvores despontavam para o sol enquanto as formigas cantavam a sua sombra. As bestas do apocalipse, preocupadas em se fazer notar, corriam como cachorrinhos entre os transeuntes desinteressados, enquanto os semáforos piscavam em cores mil.
Epílogo: naquela noite, todos os rabos enforcaram seus gatos.

Um comentário:

disse...

Coisas podem se explicar assim!!!
Agora quero saber da outra história.